Monday, October 19, 2009


Uma das atividades de Libras é assistir ao filme "E seu nome é Jonas". Confesso que no meu estado de depressão, o filme me fez, a princípio, muito mal. Fui lembrando que já havia visto este filme no curso mencionado na postagem anterior. Mesmo assim fiquei horrorizada com a ignorância e crueldade da humanidade. O desrespeito pelo indivíduo. Primeiro tem o diagnóstico de "retardado", depois tinha que aprender a falar porque vive num mundo de sons. Como fazer um som que não pode ouvir? Que valor isso teria para ele?
Quantas pessoas nessa situação passaram a vida sem saber porque não eram entendidas, respeitadas e amadas? Sem poder se comunicar, expressar sentimentos, desejos, opiniões, sem poder fazer escolhas?
É a arte imitando (ou refletindo) a vida.
Temos a péssima mania de pré julgar, e estabelecer regras do que é melhor para alguém. Como saber o que é melhor para ele se não o entendemos? Mesmo se tapar os meus ouvidos agora não conseguirei entendê-lo, pois já tenho conhecimento do mundo, enquanto ele, assustado, tinha que entender sozinho o mundo.
Chorei, não por ele ser surdo, mas pelo desespero de não poder ser entendido e pela mãe não saber o que fazer. Mas o final foi muito positivo. Ao aprender a se comunicar com as mãos ele se libertou. O que me impressiona na linguagem de sinais, é que não se usa somente as mãos, mas também expressões faciais, acho que isso os torna mais sinceros e transparentes.

1 comment:

Simone said...

Maria Lucia comentas muito bem que os surdos utilizam também as expressões faciais para se comunicar, além dos sinais.
Como o professor pode colaborar com as famílias para evitar que situações semelhantes às do filme aconteçam?
Um abraço, Simone - Tutora sede