Saturday, September 30, 2006

Recomeço

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL.
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Disciplinas: Escola Cultura e Sociedade - Abordagem Sociocultural e Antropológica - A.
Escola, Projeto Político Pedagógico e Currículo.
Nome da aluna: Maria Lucia Araujo da Costa.
Número da atividade: Atividade 1.
Pólo: Alvorada.
Profª.: Vera Corazza.
Maria Martha Dalpiaz.
Tutora: Denise Severo.

( 25/9 à 01/10 )

É muito difícil falar de mim, vou tentar expor em poucas palavras. Quem sou EU? Em primeiro lugar, moro em Porto Alegre, aqui nasci, me criei, conheci meu marido, tive meus filhos. A dez anos morei em Santa Catarina, onde passei seis anos, mas não aguentei a saudades e voltei. Não existe lugar melhor do que a nossa casa. Sou mulher. Gosto de ser mulher, jamais questionei, jamais desejei ter nascido homem. A mulher trás em si a força do Criador. A mulher tem em si o poder de criar um novo ser, de dar a vida.Este dar a vida tem dois sentidos, o da criação e o do sacrifício. A mulher sacrifica tudo pela sua cria. Fui filha, hoje sou mãe, e esta foi a minha profissão por 20 anos, me dediquei inteiramente a meus filhos. Ajudei-os a construir seu caráter, seus valores. Acompanhei cada etapa, vi-os tornarem-se homens. Bons homens, bons exemplos e isto é a minha gratificação. Neste ano comecei a trabalhar na minha profissão que havia ficado estagnada. Sou concursada pelo município de Viamão, sou professora da 4ª série. Estou encantada com meus alunos, com meu trabalho. Com eles o tempo passa muito rápido. Aprendi muito neste ano e sei que tenho muito para aprender. Tudo é novo. Agora sou aluna universitária, de uma nova proposta de ensino. Tive que ser um pouco arrojada, pois necessitei de um computador e não pensei duas vezes. Hoje sou determinada em tomar minhas decisões, não costumo mais me arrepender delas. Hoje estou convicta a viver esta nova etapa em minha vida, professora/aluna. Esta porta que se abriu a minha frente irá me trazer muitos conhecimentos, novas experiências. É difícil dizer ou saber por que me tornei professora, o fato é que eu sempre tive este desejo. Cheguei a fazer um ano de magistério, quando jovem, mas desisti por influências negativas e invejosas de outras pessoas. Terminei o 2° grau em análises clinicas, mas não tinha nada haver comigo. Mais tarde fiz cursos e cheguei a trabalhar, por pouco tempo, em creches. Fui ser mãe e em 1999 decidi, morando em Santa Catarina, a fazer o magistério. Foram 2 anos maravilhosos, me encontrei, senti que havia nascido para isso, era a minha missão. Mas apareceu um obstáculo, para trabalhar em uma escola deveria ser indicada por um político, tive oportunidades, mas não quis. Eu tinha que conseguir algo por mim, que mostrasse a minha competência, o meu valor. Em 2001, voltamos para Porto Alegre. Fiz concurso para o estado e em 2002, para o município de Viamão. Passei em ambos. Só em 2006 fui chamada em Viamão. Trabalho numa escola da periferia, em uma comunidade carente. Leciono para a 4ª série. A minha turma é muito difícil, são crianças problemáticas. Esta turma, na 3ª série, teve três professoras. A primeira saiu porque apanhou de um aluno. Semana passada a diretora veio falar comigo, porque ela já havia me avaliado. Estava muito satisfeita com meu trabalho e com a minha coragem de aceitar a turma que ninguém queria, ela me ofereceu uma 1ª série, na metade do ano, mas eu não quis. Não consigo mais fugir, eu tenho que ir até o fim e tentar dar tudo de mim. Hoje, no geral estão mais calmos, ainda tem 4 muito rebeldes, mas sinto que eles nutrem uma afeição por mim e que alguns valores vão ficar. Em muitos pude ver um crescimento escolar e isso tudo é muito positivo para mim, sem experiências. Gostaria de saber mais sobre o conselho tutelar, ele é uma ajuda ou um obstáculo? Não consigo ver sua ajuda. Tenho muito a aprender e espero muito deste curso. Talvez eu não tenha muito tempo, pois vou terminar o curso com 50 anos, mas o tempo que eu tiver será para me dedicar a minha profissão. Hoje os meus medos são em relação ao curso. Não tenho medo de não aprender, isso pode até demorar um pouco, mas todos nós temos capacidades de entender e aprender. Não por sermos professoras e sim porque somos seres inteligentes. Os medos que tenho são de me expor. Escrever meus pensamentos, intervir no pensamento dos outros, isso me deixa muito insegura, reflexo de uma escola autoritária, onde não podiamos questionar, muitas vezes tive que engolir o que estava dizendo ( era assim que minha professora se dirigia a mim, quando eu falava alguma coisa que não estavam de acordo com a época que vivi: ditadura.)
O bom deste "conto da ilha descolhecida", é que me fez refletir sobre mim mesma. Tenho que ser mais ousada, me impor em alguns momentos. Ir atrás de meus sonhos e não perdê-los pelo caminho. Mas isto eu fiz. Encontrei outras coisas , que passaram a ser importantes, mas não perdi os meus sonhos e objetivos e no meu momento fui atrás. Também percebi que somos uma ilha desconhecida. Não sabemos quem realmente somos e tudo o que podemos realizar. Mas temos potencial, todos nós, para prosseguir e conquistar. Uma coisa eu sei com certeza, não quero ser uma professora do passado, não quero dar aos meus alunos o que eu tive, quero dar-lhes algo melhor, quero ser inovadora, aceitar seus questionamentos, ajudá-los em suas angústias, seus medos enfim ser sua amiga.

Saturday, September 23, 2006



Estou muito feliz com as minhas conquistas, estou conseguindo dominar as " ferramentas ". Não podemos desanimar, o fracasso está no fato de não se tentar, a derrota está dentro de nós. Devemos eliminar estas três palavras, " desânimo, fracasso e derrota ". A confiança que damos para nossos alunos serve para nós. Começar e recomeçar, até acertar, somos capazes. Não é isso que falamos há eles? Temos qualidades divinas herdadas de um PAI ETERNO. Temos que procurá-las, dentro de nós, através de nossa Fé e Esperança. Só assim conseguiremos superar as nossas dificuldades. Perseverem. Uma boa noite a todos. Um bom domingo.

Wednesday, September 20, 2006



" O diferente de nós não é inferior.

A intolerância é isso: é o gosto irresistível de se opor às diferenças. "

( Paulo Freire )

Que nós professores saibamos administrar as diferenças em nossas salas de aula.

Tuesday, September 19, 2006





Salve o 20 de Setembro, o precursor da liberdade.

Monday, September 18, 2006







"Se trabalharmos sobre o mármore, ele perecerá;
Se trabalharmos sobre o bronze, o tempo apagará as marcas;
Se edificarmos Templos reduzir-se-ão ao pó;
Mas se trabalharmos com mentes imortais, e lhes instilarmos princípios justos, estaremos então gravando sobre lâminas que não serão apagadas pelo tempo, mas que brilharão e brilharão por toda eternidade."
( Daniel Webster )