Monday, June 14, 2010

É preciso sentir a mudança lá dentro

Mudar é um ato de coragem.
É a aceitação plena e consciente do desafio.
É trabalho árduo para hoje!
É trabalho árduo para agora!
E os frutos só virão amanhã, quem sabe, tão distante...
Mas quando temos a certeza de estarmos no rumo certo, o caminho é tranquilo.
E quando temos fé e firmeza de propósito, é fácil suportar as dificuldades do dia a dia.
O caminho é longo.
Muitos ficarão à margem.
Outros vão retirar-se da estrada. É assim mesmo.
Contudo, os que ficarem, chegarão, disso eu tenho certeza.
Olhe bem ao seu lado. Estão com você seus colegas de trabalho.
Eles exercem o mesmo papel que você dentro da escola.
Eles também têm problemas ou dificuldades como você.
E têm dúvidas sobre a mudança.
Você poderá mostrar-lhes como você sente e pensa a respeito das mudanças na escola e nas pessoas.
Não feche a janela em que você está debruçado.
Convide seu colega para estar ao seu lado, para que vocês possam ter a mesma perspectiva.
Nós estaremos com você a cada dia, tentando descobrir novas fases da mudança.
Tenho certeza que, se assim procedermos, destro de algum tempo estaremos convencidos de que não é tão difícil mudar...

(Adaptação do poema de Antônio Ferreira de Andrade)

Sunday, June 13, 2010

Gostaria de esclarecer uma postagem anterior, seguindo o questionamento da professora Bea: Oi Malu, interessante que encontrastes na palestra do Chalita o que há 4 anos estamos tentando exercitar. Fico me perguntando se não encontrastes, no curso, o olhar meigo aliado a disciplina? Por outro lado, sinalizas que vens tentando isso há 4 anos. Gostaria que falasses um pouco mais de ti e do curso como parceiros.”

Como sabes, e como qualquer um pode ver ao longo das minhas postagens, que sou, ou fui (prefiro utilizar este termo) muito insegura, tenho alguns bloqueios e muitas vezes me senti incapaz, dentro do curso e na minha profissão. O curso me fez ter um novo olhar para mim. Percebo claramente o meu crescimento nos textos e nas reflexões, isso devo ao constante exercício de utilizar blogs, fóruns e aos trabalhos das disciplinas, recursos esses desenvolvidos no curso. Mas todo semestre voltava aquele medo da incapacidade, e todo semestre me superei. Sou tão insegura, que quando fiz o trabalho na lan house, pensei que iriam me achar maluca. O curso me abriu esta porta nova e desconhecida para mim, ousar. O curso também me mostrou o olhar meigo e a voz mansa que devemos usar, mas na prática isso não acontece. Os professores não querem mais se envolver com seus alunos, não falam deles e nem de suas aulas com doçura e isso acaba contagiando. No momento da palestra que registrei anteriormente, eu não estava num bom momento profissional, havia sido questionada sobre a minha forma de trabalhar, que minhas aulas eram muito barulhentas. Caí novamente no abismo da incapacidade e insegurança. Senti-me despreparada, precisava buscar respostas para saber onde estava o erro. O que aprendemos na teoria não é o que acontece na prática. A autoridade da escola pede para os professores fazerem diferente, que a escola tem que se modernizar, tem que ser bem vista pela comunidade e pelos assessores. Quando inovamos em nossa metodologia, quando buscamos alunos criativos, que tenham iniciativa ela acha a sala uma bagunça. Outro dia ouvi uma colega dizer para ela que sua turma é comportada e os alunos dizem amem para tudo que ela fala. Pensei... Onde está a mudança esperada? Descobri! Esta nas decorações incrementada a cada atividade. Está nos vasos novos que decoram a escola e no jardim. Isso é a educação que queremos? Que nossos alunos querem e precisam? Fiquei por um tempo buscando respostas, tudo que focasse para mim o novo, o diferente, para saber se minhas aulas estavam realmente erradas, comentei isso na postagem ‘Ensinar com jogos’, e agora com Chalita. Também os comentários da tutora Rossana, professor Paulo e os teus, tudo isso me fizeram repensar a minha prática. E o que quero é exatamente isso, alunos que tenham iniciativa, que sejam criativos, que pense, questionem, que não digam amém para tudo que eu falo, não quero cópias minhas, se nem meus filhos são minhas cópias, porque meus alunos serão? Quarta feira, tivemos uma aula bem assim. Segunda feira assistimos ao filme ‘Wall.E’, para trabalharmos sobre o meio ambiente e exercitarmos nossa cidadania ao cuidarmos dele. Na quarta fizemos um debate sobre o filme e como poderíamos trabalhá-lo, os alunos começaram a mostrar suas dúvidas então perguntava onde e como encontrar as respostas, conclusão tiveram por eles mesmos ideias muito boas que vamos colocar em prática semana que vem. Se eu tivesse dito, vamos fazer assim... Eu não saberia das suas dúvidas, eles não saberiam da sua capacidade e criatividade para montar um trabalho que venha suprir suas dúvidas. Não teriam aprendido a tomar iniciativa, pois vão precisar dela também para tocar o trabalho, já que disse que é tudo com eles. Também, não teriam a oportunidade de ver que alguém acredita neles.

Quando disse que tenho batido quatro anos na mesma tecla, estava me referindo a acreditar em mim. Todo semestre é a mesma coisa, não acredito em mim, mas supero todos os obstáculos. Vocês, professores, têm me incentivado muito, e também dado os “puxões de orelha” necessário, mas, não é que eu não aprenda, é difícil lutar com fantasmas. Mas um dia a ficha cai e agora caiu. Este episódio pelo qual passei na escola foi necessário e importante para eu assumir o meu perfil profissional pensado há muito e complementado no curso. Hoje me sinto mais qualificada, tenho mais experiência, as trocas com os colegas também ajudaram bastante. Utilizar as reflexões a cada aula me aproximou ainda mais dos meus objetivos.

Thursday, June 10, 2010

No dia 31 de maio, recebemos a visita do professor Paulo e da tutora Rossana, que me orientam no estágio. Meus alunos estavam ansiosos por essa visita, estavam com medo de receber pessoas tão ilustres na sala. Perguntaram-me como era um professor de faculdade e disse que era igual a qualquer pessoa. Um me respondeu: - A diferença é que eles são inteligentes, né? Disse-lhes que todos nós temos a mesma capacidade, é só aproveitarmos as oportunidades que surgem. Nesse dia fizemos um trabalho em grupo e depois os grupos apresentam para os colegas, faço isso para eles desenvolverem a facilidade de falar em público e também de explicar sem ler. Ficam sempre envergonhados, mas nesse dia, alguns, ficaram bem à vontade. Para eles foi como dar aula para os professores, neste momento eles eram importante. Estão ansiosos com a nova visita, mas querem que eles assistam uma atividade que eles planejaram sobre os cuidados com o lixo. Não sei se poderei fazer este ajuste com o dia da visita.