Wednesday, September 16, 2009

Fiquei um pouco confusa na aula presencial de Linguagem e Educação, entendi que letramento seria o conhecimento que se tem do mundo. Foi até exemplificado da seguinte forma: Uma pessoa analfabeta mas que sabe pegar ônibus, faz troco, constrói uma casa, etc. , que sabe fazer uma leitura do mundo.
Agora, ao ler o Parecer da CEB n° 11/2000, a professora Magdalena esclarece que:
"A professora Magda Becker Soares (1998) esclarece: ...alfabetizado nomeia aquele que apenas aprendeu a ler e escrever, não aquele que adquiriu o estado ou a condição de quem se apropriou da leitura e da escrita. (p. 19)
A mesma autora diz: Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita... (idem, p. 18) Assim ...não basta apenas saber ler e escrever, é preciso também saber fazer uso do ler e do escrever, saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz continuamente... ( p. 20)"

Mais adiante a professora Magdalena explica que uma pessoa analfabeta que se interessa e pede que outros leem para ela, que desenvolve trabalhos com expressões artísticas, é letrado.

"Professora Magda Soares (1998):
...um adulto pode ser analfabeto, porque marginalizado social e economicamente, mas, se vive em um meio em que a leitura e a escrita têm presença forte, se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um alfabetizado, se recebe cartas que outros lêem para ele, se dita cartas para que um alfabetizado as escreva, ..., se pede a alguém que lhe leia avisos ou indicações afixados em algum lugar, esse analfabeto é, de certa forma,letrado, porque faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais de leitura e de escrita. (p. 24)"

observo que a palavra letrado tem dois sentidos: O conhecedor das letras, que faz uso dela e que entende adequadamente o que leem; e o que é analfabeto, mas tem um saber de um determinado aspecto da vida e faz uso dele, que pode e sabe transmitir a outros. Ele é letrado nas experiências da vida

Sunday, September 13, 2009

EJA

Estudamos o Parecer da CEB 11/2000. Esta torna obrigatória, acessível e gratuita a educação primária, inclusive a educação secundária, técnica e profissional deverá ser generalizada e tornar-se acessível a todos. O CEB (Câmara de Educação Básica) ficou responsável pelo Parecer, seu relator fez um estudo de campo, ouvindo os estudantes.
Ouve duas teleconferências sobre a Formação de Educadores para Jovens e Adultos, promovida pela UNB (Universidade de Brasília), SESI (Serviço Social da Indústria) com o apoio da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Na verdade a EJA (Educação para Jovens e Adultos) é uma reparação aos direitos negados, mas a perda foi real, os direitos lhes foram negados, e nada pode apagar o preconceito e o constrangimento pelo qual muitos passaram.
Devem ser criadas novas vagas da EJA para suprir a demanda, no entanto, o que vemos na realidade pelo menos no meu município, algumas escolas com EJA foram extintas, ficando somente uma escola por região, é muito pouco para atender a lei, deve haver sim mais vagas e não deixar os alunos numa fila de espera, se isso ocorrer permanecerá a discriminação, as perdas e a lei não será para todos.

Saturday, September 12, 2009

DIDÁTICA MAGNA



Jan Amos Komenský, Comenius - Comênio, considerado O Pai da didática.

A "Didática Magna" foi criada por Comênio em 1638. Ela é um "Tratado da Arte Universal de Ensinar Tudo a Todos, de Forma Igual". Fico me perguntando porque nesses mais de 300 anos de sua existência, ainda há tanta desvalorização do ensino? Porque ele ainda não chegou a todos? E de forma igual? Tantas perdas... Quantas pessoas não puderam desenvolver-se plenamente por falta de estudo? Quantos morreram sem dignidade porque não faziam parte das classes privilegiadas? Até quando... Até quando veremos este sonho de "educação igual e para todos" ser protelado para amanhã? O amanhã nunca chega... Sabemos disso!

Vamos sonhar juntos e agir... Só assim a "educação igual e para todos" será uma realidade.

FALAMOS/ESCREVEMOS/LEMOS DA MESMA MANEIRA?

Lendo o artigo: "Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais", de Maria Isabel Dalla Zen e Lole Faviero Trindade. Percebe-se que desde o momento que foi introduzida a escrita e a leitura, está nem sempre esteve totalmente de acordo com a fala. Cada época manteve presente as suas características no falar/ler/escrever.
Temos a linguagem coloquial, a formal, a linguagem das "tribos" e hoje a dos internautas.
Também a escola introduz determinados critérios de avaliação para ler/escrever/falar. Esses métodos vão sendo produzidos por educadores que tentam padronizar e facilitar a apropriação da leitura/escrita/fala de uma forma mais harmoniosa.
Obrigada Simone, realmente a lingua de sinais é a fala adequada para os surdos.