Monday, October 29, 2007

FAZENDO TEATRO!

Tentei fazer alguns trabalhos de teatro com meus alunos, e não tive êxito pois são muito tímidos, e teatro não é trabalhado na escola. Fizemos as brincadeiras que aprendemos na aula presencial, brincamos de meia-meia-lua-1-2-3, paralítico (andar pela sala ao sinal do colega eles viram estatuas), formar grupos e realizar fotos, eles adoraram brincar, riram e compartilharam com o outro, num clima de leveza e descontração. Mas só agora lendo os textos: “Aula de Teatro é Teatro?, de Cleusa Joceleia Machado e Formas de Abordagem Dramática na Educação, de Ana Carolina Müller Fuchs” , é que me dei conta de que eles não têm vergonha de brincar e compartilhar com os colegas. No texto Formas de Abordagem Dramática na Educação, é citado Slade “O jogo que a criança apresenta é o estado embrionário do teatro, da música e da arte.", então se eles podem brincar e estar envolvidos descontraidamente com o colega, o que os impede de fazer teatro, já que é o mesmo grupo que compartilham? Disse aos meus alunos que iríamos fazer uma pequena esquete de teatro para apresentar na festa do dia das bruxas, e imediatamente eles disseram que não queriam. Então lembrei das brincadeiras que eles compartilharam sem vergonha, isso é teatro. Eles ficaram felizes e começaram a conversar com os colegas em grupinhos e pediram para fazer parte do teatro. Todos queriam participar,mas como fazer com que todos ou a maioria participe? Lembrei do filme Escola do Rock, onde o professor usou todos os alunos para posições importantes para a apresentação e não necessariamente na banda. Aprendi com os textos que o uso de máscara ajuda o aluno a se desligar de que ele esta sendo observado. Preparei uma pequena esquete, “A BOLA”, que será apresentado no dia 31, se der, depois coloco fotos.


O roteiro e as fotos estão registradas no meu wiki:

Friday, October 26, 2007

ARTE RUPESTRE

Estou gostando muito das atividades de Artes Visuais. Estamos aprendendo a realmente trabalhar Arte. Eu sabia que tínhamos que trabalhar obras de pintores famosos, até já trabalhei alguma coisa, mas não sabia bem como fazê-lo. Tinha vontade de trabalhar com outros materiais, mas não sabia como inserir. Agora estamos estudando a História da Arte e percebi que posso trabalhar com diferentes materiais, dentro de cada estilo. Podemos trabalhar com palha, argila ou madeira na Arte Indígena; podemos fazer esculturas de argila, e não somente cinzeiros e vasos, trabalhando a Arte Grega, a Romana e até mesmo a Arte Brasileira do Nordeste. Os meus alunos têm vergonha de desenhar os trabalhos de pintores famosos que mostro, pois acham difícil reproduzir uma obra, e eu também fico constrangida com isso. Outro dia trabalhei a releitura de uma obra de Candido Portinari, “Brincadeira de Roda”. Fiz cópia, eles recortaram uma gravura de criança e colaram na folha, fazendo o seu desenho do brincar, tema que trabalhamos para reforçar as atividades no recreio. Eles discutiram bastante o estilo de brincadeira para cada criança. Os desenhos foram: surfando, andando de skate, pulando amarelinha, soltando pipa. Eles gostaram bastante e participaram da obra sem se constranger. Mas só agora com o estudo da Arte é que estou percebendo quanta coisa se pode fazer para ajudá-los a serem mais criativos, mais observadores. Eu nunca tinha pensado na Pintura Rupestre como arte, e achei muito importante para dar o início e mostrar o que o homem fazia antes de aprender a escrever. Ele já tinha necessidades de expressar-se e deixar registrado seu pensamento. Conversamos sobre isso, falaram de filmes que viram, de noticiários. Comentamos o material utilizado (rochedos, cavernas, carvão, argila gorduras e sangue de animais e alguns vegetais). Disse que eles imitavam as imagens do seu cotidiano, de forma bem simples. Mostrei duas gravuras a do Bisão e de Caçadores, e disse que faríamos a experiência de desenhar como os homens das cavernas. Fomos para o pátio, cada um pegou um pedaço de papel pardo e um pedaço de carvão. Fomos para a parte de trás da escola e ali se espalharam. Alguns deitaram no chão, e cada um achou um jeito para desenhar. Quando terminaram queriam mais, queriam pintar em pedras. Encontraram pedras e desenharam, depois fomos desenhar num pedaço do muro. Eles gostaram e participaram como nunca haviam feito antes. De volta à sala conversamos sobre as dificuldades de desenhar com carvão, e com ele é mais fácil desenhar nas pedras. Por fim, disseram que não existe nada melhor do que lápis e papel. Gostei desta nova experiência e com certeza teremos aulas de Artes todas as semanas e diferenciadas.

Os trabalhos dos alunos estão registrados no meu wiki:

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Sunday, October 21, 2007

CONHECENDO DIEGO VELÁZQUEZ




Aceitando a sugestão da Maura, comentando meu trabalho de releitura da obra "As meninas", procurei saber alguns aspectos do perfil de Diego Rodrigues da Silva y Velázquez (1599 – 1660), filho de um fidalgo de origem portuguesa, foi batizado em Sevilha, Espanha, em 6 de junho de 1599.

No site pitoresco mostra um Velázquez dominado pelo humanismo, que envolve com aura de nobreza e dignidade todos os personagens que retratou. Também fala que retrata os anões, realçando sua dignidade em contraste com sua deformidade.

No site casthalia mostra mais um aspecto humano de Velázquez, que pintou o retrato de um anão, Don Diego de Acedo. O anão era desqualificado no contexto social, por isso ele o pinta com enormes livros, mostrando que sua deficiência física não tem relação com a habilidade mental.

No site educaterra mostra Velázquez conciliando o povo com os fidalgos. Aproxima gente comum com os fidalgos, pois todos são filhos de Deus. Ele promove os mendigos e desterrados da rua para a corte. Os anões são figuras humanas respeitadas, não simples bobos da corte.

Bem não encontrei muita coisa mas deu para ver que minha observação feita frente a um trabalho de Velázquez, tem fundamento. Apesar de ser filho de um fidalgo e advogado, ele poderia ser um homem arrogante, convivia com a alta nobreza, mas era humilde e respeitava as pessoas, não interessando sua classe social. Isto se deve a seus valores morais aprendido com o Cristianismo.


Monday, October 15, 2007

Mudanças

Filme Doze Homens e uma Sentença, do diretor Sidney Lumet, original 1957.

O filme conta a história de 12 jurados que tem que dar um veredito unânime, acusando ou inocentando um jovem de 18 anos acusado de esfaquear, e matar o próprio pai. Onze deles acreditam que seja culpado, enquanto que um ficou com dúvidas. No início muitos deles estavam levando na brincadeira, tinham pressa de sair dali para assistir a um jogo, outros estavam totalmente desinteressados pela vida do garoto, já haviam dado a sentença de morte: culpado. O jurado que votou inocente, começou a rever as provas e argumentá-las. Com a argumentação mais consistente eles começaram a ficar mais sérios, ouve discussões calorosas. Começaram a buscar nos mínimos detalhes contestar as provas, inserir as coisas que parecem, a princípio sem importância. Questionaram as testemunhas. Começaram a contar suas próprias histórias de vida e para muitos foi um momento para refletir. Conflitos internos, para alguns, que fizeram pensar que culpando o rapaz estariam resolvendo seus próprios problemas. A cada nova abordagem das provas, um a um foram revendo seu voto, e no final apenas um ainda votava culpado, quando este percebeu que estava na verdade acusando seu próprio filho de erros do passado, inocentou o rapaz. Mas porque este filme tem a ver com nosso curso? Ou melhor, com o Seminário Integrador? Agora acredito que muito. Este filme me fez reavaliar minha conduta frente ao trabalho final do semestre o “Portfólio de Aprendizagem”. Para a realização plena deste trabalho temos que buscar nos mínimos detalhes das nossas conquistas, das nossas mudanças, das nossas inovações. Para que isso ocorra, muitas vezes precisamos nos expor, e isso é difícil, geram conflitos, inseguranças. No primeiro dia de aula, do primeiro semestre a professora Bea falou que este curso agiria sobre nós como um terapeuta. E é bem isso que esta acontecendo comigo, estou me libertando de muitas coisas que eram obstáculos e empecilhos para o meu progresso. Vou precisar muito destas atitudes destes homens, para encontrar as provas que mostram as mudanças que estão ocorrendo em mim e no meu trabalho na "arte de ensinar".

Thursday, October 04, 2007

ESTUDANDO ARTE

Ufa! Esta atividade foi bem difícil e complicada para mim realizar. Teríamos que fazer um estudo da obra “As meninas” de Diego Velázquez, e concluí-la com uma releitura da obra. Foi difícil porque não desenho nada e este nada vai aparecer muito. Sei que não é a qualidade do desenho que será avaliado e sim a compreensão que tive do trabalho. Tenho alguns bloqueios, um é me expor através da escrita e o outro é o desenho. É muito complicado, em outros tempos eu teria desistido, mas tenho persistido e percebido que sou capaz de realizar todas as atividades que foram propostas até aqui. É bem verdade que dentro das minhas limitações, mas mesmo dentro destas limitações eu percebo um crescimento, um avanço, e que a linha divisória que me separa dos meus medos e insegurança esta um pouco fragilizada. Bem, apresento a obra e abaixo minha releitura de “As meninas”, de Diego Velázquez.




Tuesday, October 02, 2007

O CORPO FALA!?


Ontem tivemos uma aula presencial de TEATRO. Fiquei, acredito que como todos colegas, MARAVILHADA. A leveza dos gestos da professora, o dinamismo e serenidade de seus movimentos foi impressionante. "Aprendemos"(na verdade tivemos uma noção) a trabalhar nosso corpo. Colocá-lo adequadamente no palco, expressar-nos dentro desta linguagem fascinante que desconhecíamos sua importância e uso adequado. Sempre tive medo de trabalhar teatro, apesar de fazer na sala, algumas esquetes produzidas pelos alunos. Minha escola não tem salão, nossas apresentações são feitas no pátio. Agora tive uma nova visão para não perder a essência da cena, para que as palavras não sejam levadas pelo vento, deixando os espectadores sem entender nada.
O CORPO FALA!
Deixemos que nossos corpos sussurem palavras que o vento não podem levar.
Deixemos que nossos corpos conte histórias, surpreenda.