Wednesday, January 20, 2010

Lan House, uma aliada?














No dia 16 de dezembro teríamos a apresentação de algo que comprovasse nosso crescimento no semestre que estava prestes a terminar. O que apresentar? Nos outros semestres esta sempre era a pergunta, mas logo vinha a solução. Desta vez não encontrava respostas. Remoí esta pergunta uma semana inteira. O que fazer? Estava muito preocupada, pois não consegui colocar em prática as ‘arquiteturas pedagógicas’ na escola em que trabalho, por não ter ambiente informatizado. E as preocupações não pararam por aí, pois o estágio seria em cima destas ‘arquiteturas’. Logo deveria ser em um ambiente informatizado, e a maioria das escolas com ambiente informatizado não tem acesso a internet. Pensar nisso tudo me deixava sem ação. O semestre estava acabando e eu não coloquei em prática a atividade mais importante do Seminário Integrador, ‘arquiteturas pedagógicas’. Eu vinha tendo uma ideia, que me pareceu meio louca, mas ficava pensando nos outros, o que achariam? De repente, acho que num ato desesperado, eu propus aos alunos fazermos um trabalho na internet sobre ‘aquecimento global’. Este era um tema muito falado em aula e todos gostaram de imediato. Duas disseram que já estavam com internet em casa e montaram seus grupos para se reunirem lá. Uma iria para a casa do pai no final de semana e poderia pesquisar e trazer na segunda. Outros três disseram que iriam a uma lan house. Perguntaram como deveriam entregar o trabalho, e eu disse que deveriam abrir uma página na internet e colocar tudo o que foi pesquisado para que outras pessoas pudessem utilizar essas informações. Um perguntou se o rapaz da lan house poderia ajudar, já que noutro dia o mesmo ajudou a abrir o Orkut. Então eu disse:

- Porque não vamos todos para a lan house?
- Como assim?! – Perguntaram.
- Vamos ter nossa aula na lan house, completei.
A alegria foi geral, mas havia uma preocupação: a nossa aluna cadeirante. Começaram a discutir qual a lan house que facilitaria levarmos a colega. Ficamos em dúvida entre duas, uma ficava perto da casa dela, onde ela não viria para a escola e nós a pegaríamos em casa. A outra ficava perto da escola. Os grupos realmente estavam divididos, achando que a sua escolha era a mais adequada para a colega. Resolvemos então escolher a que fizesse o melhor preço. Era dia 9 de dezembro e marcamos para sexta feira dia 11. Teríamos quinta feira para trazer as autorizações. Quem pudesse ajudar com R$ 0,50 e marcar na lan house.
Os alunos deixaram a escola com uma grande responsabilidade, marcar esta atividade e conseguir um preço justo. Foi a primeira vez que todos saíram da sala imediatamente. Estava na parada esperando o ônibus, quando veio correndo uma aluna com a mãe. Haviam ido à lan house perto da escola e falado com o proprietário. Ele nos cobraria R$ 12,00 pela tarde, mas deveríamos ir em dois grupos de 10 alunos. Não pude voltar lá porque meu ônibus já estava chegando, mas no dia seguinte iria conversar com ele.
Quinta feira dia 10, os alunos receberam permissão dos responsáveis e também 16 alunos trouxeram R$ 0,50. A outra lan house iria cobrar o preço normal, R$ 2,00 por hora por computador utilizado. Na saída passei na lan house mais próxima da escola onde a mãe havia combinado. O rapaz disse que eu deveria ir em grupos de 10 alunos. Disse-lhe que não poderia trabalhar com oi grupo dividido. Expliquei o trabalho que iria fazer e ele concordou com a ida da turma inteira. Me cobraria R$ 12,00 das 14 às 17hs.
Dia 11 chegou e nos frustrou. Estava chovendo e a colega cadeirante não veio. Deixamos então para segunda feira seguinte. Segunda feira dia 14 telefonei para a aluna cadeirante e confirmei sua ida com a mãe. Fiquei com medo da mãe não permitir, mas deu tudo certo.
Os alunos foram cedo para a escola, estavam ansiosos. As 14hs levei 18 alunos para a lan house e pedi para uma tia nos acompanhar. O rapaz havia conseguido mais cadeiras para todos ficarem confortáveis. Na verdade eu não sabia exatamente como proceder, fiquei um pouco atrapalhada por ser a primeira experiência. Mas, a primeira coisa que fiz foi explicar sobre a página que abriríamos que era igual a minha e mostrei meu pbworks. Eles ficaram maravilhados, pois encontraram seus trabalhos postados na página. Eu permiti que eles mexessem no site para matar a curiosidade.
Disse-lhes que para abrir a página deveríamos ter um e-mail da turma e foi o que fizemos. Logo todos queriam abrir o seu e eu permiti. Para facilitar o acesso entre os computadores o rapaz retirou as divisórias. Pude assim me deslocar com mais agilidade. Os primeiros a fazer seus e-mails também foram ajudando os outros. Depois mostrei como abrir um pbworks. Abrimos mas fiz algo errado, porque ficou sem visibilidade, só com acesso por senha, e agora não consigo mais abrir. Fiquei um pouco atrapalhada, eram muitos, muitas perguntas, e eles praticamente não sabiam mexer até no teclado. Pedi, para que depois deste encontro, continuassem a fazer suas pesquisas e tentarem colocar na página que abrimos. Somente uma aluna conseguiu colocar um vídeo do You Tube. Mas o que eu queria observar eu consegui. A minha apresentação, não seria sobre a página que abrimos ou a pesquisa que fizemos, mas sobre esta experiência que tivemos.
Volto ao título da postagem, Lan House, uma aliada? Eu diria que sim. Sei que foram três horas e parece pouco, mas realmente dá para termos uma idéia. Se tivéssemos começado no início do ano, trabalharíamos primeiro as curiosidades e o manuseio da máquina, com uma aula semanal ou quinzenal. Acredito que possamos fazer um belo trabalho, com a participação de todos. Percebi que não podemos ficar muito tempo por dia, acho que 1h30min seria o suficiente. Eles ficaram com vontade de jogar. Para muitos a Lan House não passa disso um local de diversão, mas temos que mudar esta imagem e trazê-la como aliada a educação.
O mundo se renova e cria novas formas para que todos possam usufruir de suas inovações. Apenas as escolas continuam sem renovação. Não adianta reciclarem os professores, se eles não têm como aplicar suas ideias. Se eu tivesse um notebook e um Datashow daria aulas maravilhosas. Geografia seria apaixonante. Mas dizem que sonhar não paga imposto, mas frustra, porque tu teres o conhecimento e não poder usar é muito pior.
O rapaz da Lan House disse que poderia colocar um aparelho que interliga os computadores e facilitaria o acesso dos alunos. Sei que se conversarmos com os atendentes das Lan Houses poderíamos ter mais colaboração, porque também estaríamos ajudando a expandir seu negócio.
No dia da apresentação a professora Bea (Beatriz Corso Magdalena) disse que Gilberto Dimenstein, colunista do jornal Folha de São Paulo, havia escrito exatamente sobre isso na sua coluna de domingo, dia 13/12, por título: “A invenção do carro puxado a cavalo”. Estamos muito desatualizados, Gilberto fala dos professores que usam o computador como máquina de escrever, mas a verdade é bem outra, a GRANDE maioria dos professores ainda usa mimeógrafo...
Se quisermos mudar esta realidade temos que agir usando as armas que estão a nossa disposição, “Lan House, uma grande aliada!”



Tuesday, January 12, 2010

Conquistas

Faço um balanço do ano que passou. Foi um ano difícil, muitos problemas, mas também muitas conquistas. Concluí mais dois semestres do curso de Pedagogia. Meu conhecimento esta se expandindo, percebo através da minha mudança pedagógica, estou mais criativa, mas muitas vezes tenho medo de agir, porque nem todos pensam como eu. Não quero ser o tipo de professores que tive, autoritário, inibidores da criatividade. No final do ano fiquei sabendo que as turmas em que desdobrei no início do ano, dando aulas de história, ficaram com uma professora substituta que os mandava fazerem cópias de livros, eu fui rejeitada porque questionava, fazia-os pensar, se atualizarem. Jamais poderia ser uma professora que manda copiar ou pintar folhinhas. Estou sempre buscando novas formas de dar o mesmo conteúdo, estou a três anos com o 5° ano e não repeti atividades, tenho procurado sempre novas atividades, talvez por isso que me desgaste tanto. A conquista que quero registrar aqui é que aprendi (mexendo, descobrindo sozinha) a fazer clips, usando o Windows Movie Maker, fiz o clip para a formatura dos 5° anos, da apresentação dos formandos da minha turma e um clip de uma música que apresentaram na formatura.
Usamos a música tema da campanha “Mãos que ajudam” de
A Igreja de Jesus Cristo Dos Santos Dos Últimos Dias.