Tuesday, December 07, 2010

Estamos prestes do final do curso de Pedagogia. Olhando para trás, percebo quanto este curso veio a acrescentar em minha vida profissional. O Seminário Integrador foi um elo entre interdisciplinas e alunos, bem como entre alunos, aproximando-nos uns dos outros, procurando tornar ineficiente o frio que a máquina produz. Também nos preparou com certa antecedência para os trabalhos das disciplinas. Aprendemos a ser mais observadores, em relação a nossa prática, e ao cuidado com nossos alunos. Despertou em nós o interesse de trabalharmos com entrevistas, assim utilizando a sabedoria dos parentes, unindo mais as famílias. Aprendemos a utilizar os recursos dos gráficos e tabelas. Aprendemos a encontrar a evidências e saber argumentá-las. Aprendemos a nos utilizarmos das dúvidas e perguntas dos alunos para trabalharmos com pesquisas, e assim podermos trabalhar com os Projetos de Aprendizagens e as Arquiteturas Pedagógicas, para escolas com ambiente informatizado, para que possamos fazer a inclusão digital interdisciplinarmente. Mas o mais importante é ter-nos preparado a conhecer melhor este novo instrumento de trabalho: o computador. Também nos utilizamos dos recursos da internet, aprendendo a lidar com eles sem medo, o que parecia impossível no início. O Blog foi de suma importância porque foi o elo entre nós (nosso computador) e internet. Além de aprendermos a navegar sem medos pela internet, ele deveria ser nosso confidente fiel, registrar as evidências de nossa mudança e crescimento Profissional. Digo deveria porque não me utilizei dele da forma adequada e isso me custou bem caro, já que não tinha algumas evidências para completar os trabalhos testemunho ao longo dos semestres. Mas as falhas também veem a acrescentar, pois nos dão a visão do certo, de como deveria ter sido feito, e adicionamos isso a nossa prática: registros, tão importantes para evidenciar nossa prática e a real aprendizagem dos alunos. O curso terminou, mas as aprendizagens permanecem para enriquecer a cada novo dia nossa prática e aumentar o interesse de nossos alunos, fazendo-os se re-encantar pelo aprender.

Thursday, December 02, 2010

O estágio começou e me senti muito segura porque pude aplicar a forma correta de planejar, que aprendemos no semestre passado. Nunca havia trabalhado com um planejamento tão bem estruturado, isso me organizou e com os objetivos bem visíveis, pude trabalhar sabendo mais precisamente o que queria alcançar. Também faço atividades direcionadas ao projeto. A reflexão foi outro ponto positivo do semestre passado e agora aplicado no estágio. Com a reflexão fazemos uma avaliação do nosso trabalho e da apreciação e compreensão dos nossos alunos. Percebemos com maior clareza onde estão os obstáculos a aprendizagem. Como a escola não tem ambiente informatizado e levá-los numa lan house era inviável pelo grande numero da turma e agressividade, não teria como trabalhar com as TIC’s. Resolvi investir no lúdico, uma das disciplinas do terceiro trimestre e que me familiarizei bastante.

Meus alunos necessitavam aprender a serem mais decididos e a socializar, nada melhor do que o lúdico para também alcançar esses objetivos. Mas, uma coisa triste que aprendi, é que nem todos estão prontos para as mudanças dentro da escola ou na sala de aula. Mas toda mudança chega de mansinho, lentamente. Não vou retroceder porque ainda existem pessoas que não se modernizaram.

Wednesday, November 24, 2010

O oitavo semestre foi aguardado durante três anos e meio com muita ansiedade. Seria o momento decisivo, um divisor, que me mostraria o antes e o depois. Quem eu era profissionalmente e em quem me tornei. Este seria o momento de mostrar todas as mudanças e aprendizagens que adquiri. Minha personalidade profissional foi se moldando ao longo do curso. Hoje já não me sinto inexperiente, mas ainda um pouco insegura, porque a minha visão de qual será o melhor método de ensino, ainda é utópico para muitos. Idealizava em ser uma educadora aberta, que permite seu aluno se expressar e se contagiar com o aprender, de uma forma mais dinâmica e envolvente. E esta minha visão só se consolidou ao longo do curso. Este mostrou como despertar em nossos alunos o desejo de aprender, de buscar e se envolver. O estágio, tão esperado chegou, e com ele o momento de ousar. Ousar sem medo de repressão, utilizar-nos de todos os métodos envolventes e dinâmicos que estiverem a nossa disposição e que nossos alunos têm contato. Dar o melhor de nós (sempre) para obtermos uma educação de qualidade. Buscarmos o melhor de nossos alunos através do envolvimento deles com o aprender, onde eles se vejam valorizados por participarem ativamente na construção do seu conhecimento e não apenas recebedores de informações, sem sentido e sem compreensão. O aluno quando respeitado dentro do seu campo de conhecimento, sente-se valorizado e isso é benéfico ao aprendizado, porque o mesmo estará aberto para receber e dar conhecimento. Haverá uma troca positiva e uma cumplicidade entre professor e alunos. Algo que só percebe e entende quem se utiliza desta forma de ação para a aprendizagem. O envolvimento e posteriormente o comprometimento do aluno com o conhecimento.

Wednesday, November 17, 2010

As interdisciplinas do semestre foram muito importantes para mim. Apesar de nunca ter trabalhar com a EJA, a minha visão mudou e a responsabilidade também. Não podemos ensiná-los como crianças, pois já trazem uma grande bagagem de conhecimento. Talvez por isso seja tão difícil trabalhar com EJA, pois muitos professores dão a mesma aula que dariam para os pequenos e isso causa desinteresse e a evasão. Em Linguagem e educação, estudamos a importância de deixar as crianças contar histórias para desenvolver a oralidade, a criatividade. Esses momentos eram raros em minha sala, percebi a importância de mudar. Em didática, planejamento e avaliações, aprendi a fazer planejamentos e este estudo me ajudou muito durante o estágio. Também deveríamos fazer registro diários do ocorrido na sala, mas a duras ‘penas’ percebi a importância de fazer registros de conversas com equipe diretiva, professores e pais. Isso nos foi passado no semestre, mas eu não estava preparada para entender completamente, se o tivesse feito, teria sofrido menos neste semestre. Isto será uma nova aquisição minha, registrar e arquivar tudo, sem me importar se a pessoa pensa que não estou confiando nela. O registro vem nos proteger. Em Libras aprendemos a tentar traduzir diálogos. É uma língua como outra qualquer, que precisa de estudos, dedicação e tempo para aprender. Não vamos deixar para praticar quando tivermos alunos com surdez.

Tuesday, November 16, 2010

O sétimo semestre foi muito especial para mim porque fui ousada. Isso me deixou feliz porque as coisas podem acontecer, quando temos apoio e planejamento.

O SI tem nos ajudado a percebermos pequenas coisas que na verdade foram muito importantes durante o curso e principalmente no estágio e no TCC. Aprendermos e entendermos o que são evidências e indícios. Não levei muito a sério as postagens das evidências, então sempre tive algum problema para comprová-las. Temos que aprender a observar nossa prática, ver os indícios e evidências da aprendizagem ou não de nossos alunos. Sempre retomando, refazendo nosso trajeto, para alcançarmos nossos objetivos. Também aprender a observar melhor nossos alunos e fazer uma leitura das evidências e indícios que eles nos mostram de sua realidade. Eles nos falam com gestos e olhares, e muitas vezes com agressividade.

Para o trabalho testemunho do encerramento do semestre e também, a título de curiosidade, levei meus alunos na Lan House para ver se seria possível trabalhar com eles durante o estágio. Foi muito bom, era uma turma pequena e calma, tive apoio dos Pais. O que pude perceber é que pode ser feito. Esta ideia não serviu para o estágio porque não tive apoio da direção e também a turma era grande e agitada. Mas o importante é que senti o gostinho de construir alguma coisa com meus alunos e não ficou só na teoria.

Relembrando o sexto semestre

O sexto semestre veio com interdisciplinas importantes, para trabalharmos a questão da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais e a questão da etnia racial. Dois temas que geram polêmica e desconforto porque às vezes não sabemos como lidar com a situação.

Foi muito produtivo fazermos uma análise de um indivíduo com algum tipo de necessidade educacionais especiais, pudemos perceber suas necessidades reais e a melhor maneira para fazermos esta inclusão. Mas o que realmente falta é de profissionais capacitados e locais adequados para atendê-los. No ano passado tive uma aluna cadeirante, e apesar de lutar o ano inteiro não consegui as rampas para facilitar o seu acesso na escola.

O trabalho de etnia foi muito diferente de tudo que já trabalhei . Com medo de ofender alguém ficamos muito limitados, mas nada como um afro-descendente para saber a maneira mais adequada para trabalharmos este tema tão polêmico. A professora nos mostrou como é importante trabalharmos os traços de cada indivíduo, observar e valorizar sua herança genética. Fiz isto com meus alunos, com a ajuda de um espelho cada um observou seus traços e procurou esses no colega. Foi divertido, e prazeroso ver os alunos perceberem que temos traços parecidos. Acredito que minhas atividades terão um novo sentido.