Tuesday, June 26, 2007

UM CURSO À DISTÂNCIA


Estou um pouco confusa quanto a um ensino à distância. Quando da inscrição para o curso, pensei que teria que sentar na frente do computador, com uma câmera e um microfone, que estaríamos todos ligados em uma rede e conversando e discutindo. Mas não foi assim. Temos que conversar (lendo e escrevendo) através de e-mails, blogs, fóruns, mais tarde entramos no chat (sem nenhuma vergonha de comentar não sei mexer até hoje. Se eu pedi explicação? Sim, mas não obtive êxito), hoje estamos com o skype (só esta semana comprei o microfone). Gostaria de relatar (na minha visão) o que está acontecendo neste curso à distância. Além de ler os textos para os trabalhos, que são muitos, temos que ler também os textos informativos para usar as ferramentas, que são difíceis de serem entendidas(teria que estar fazendo um curso de informática). Ler os fóruns, e-mails (que por + que tenha sido pedido acabam mandando assunto que seria para determinada pessoa, para todos, isto acarreta um prejuízo imenso de tempo), blogs, wikis, ainda temos que ler e comentar os trabalhos das colegas. Eu sei que estamos na faculdade e que nem todo professor está realmente interessado pelos nossos problemas, mas este curso é destinado a professores na ativa que precisam se interessar pelos seus alunos, e quando isso acontece eles ficam com a auto estima elevada e começam a interessar-se pelo estudo. Tem uma tutora que pergunta por que estou sumida, os tutores não conversam com outros para ver se estamos fazendo outros trabalhos? Posso enumerar 6 problemas graves que me aconteceu nestes 2 últimos meses, mas não quero me fazer de coitada e na verdade justificar não leva a nada, mas vou falar um fora os 6, desmotivação. Desmotivada por um comentário feito no meu blog e querem que eu coloque + comentários para abalar ainda mais a minha auto-estima? Também acho que a essa pessoa faltou um pouco de interpretação e saber um pouco mais da minha pessoa, só para nós é requerido ler os blogs? Desmotivada também por um trabalho do Seminário Integrador que eu não terminei a tempo. Não terminei a tempo? Mas entreguei no prazo. Há faltaram às fotos. Alguém me empresta uma máquina digital? Não né? Ninguém fará isto, como ninguém fez, até pessoas que eu já emprestei vídeo (na época que poucos tinham), não emprestaram. Mas o que mais me chateou é que o meu trabalho está sendo comparado com o das minhas colegas. É este curso que vim fazer? Ensinar-me a comparar o trabalho de meus alunos? NUNCA. Cada pessoa é individual, diferente e única. Os níveis intelectuais são diferentes, bem como os níveis de conhecimento e de experiências, como eu posso então comparar ou ser comparada? Quando eu era criança eu entregava os meus trabalhos antes do tempo num capricho só, era feito em folha de ofício pautada com figurinhas de passar ou usava o desenhocop, mas eu tinha colegas que usavam folhas de pão. Ao lembrar disso senti um frio na barriga, será que o trabalho destes colegas foi comparado ao meu? Eu nunca me preocupei com isso, só queria fazer o que eu achava que era melhor e até onde meu pai podia me dar. Hoje neste curso sou o colega que usava folhas de pão. Os professores não podem esquecer que a UFRGS foi criada para alunos carentes (embora não seja bem isso que acontece), e que este curso foi criado para facilitar a vida de professores que já trabalham tanto, preparando aulas diferentes, com jogos, corrigindo redações, provas, trabalhos, fora as tantas horas de trabalho. Também foi pedido para fazer gráficos, se eu estivesse usando o recurso mencionado acima já teria entregue, mas no computador eu não consegui fazer, fui ao pólo e a tutora que estava lá disse a uma colega não saber fazer, fui para casa e até consegui fazer e ficou bom só não consegui baixar no wiki. Há a colega que comentou no meu wiki se ofereceu para ajudar, quer mesmo ajudar? Então porque voltou e retificou seu comentário? Porque não me mandou um e-mail tentando me ajudar e oferecendo sua máquina digital? Porque ela não sabe meu e-mail e vai acabar mandando para todas como todo mundo faz e principalmente porque ela não me conhece, nunca falou comigo e não me dirigiu nem um olhar. Então para que serve o Seminário Integrador? Ahhhh! Para quebrar o gelo e nos unir. Esqueci de dizer que estas observações que eu recebi no meu trabalho são críticas construtivas, mas disso eu falo depois. Tenho que preparar aula e...

Thursday, June 07, 2007

FEIRA DE CIÊNCIAS


Há duas semanas tivemos em nossa escola a tradicional feira de ciências. Minha turma fez um estudo sobre o "BARULHO NA SALA DE AULA" Vimos que o limite tolerado é de 40 a 50 decibéis, e que uma sala com mais de 25 alunos chega a 75 decibéis. Pensei que o barulho excessivo causasse somente perda de audição, que já é muito sério, descobrimos que os danos são muito maiores. Vamos conhecê-los:

DOENÇAS CAUSADAS PELO BARULHO:
º gastrite;
º insônia;
º aumento do nível de colesterol;
º disturbios psíquicos;
º perda de audição;
º irritabilidade;
º ansiedade;
º excitação;
º desconforto;
º medo;
º tensão;
º estresse;
º dores de cabeça;
º aumento dos batimentos cardíacos;
º alergia;
º o professor fica ainda mais prejudicado, pois para ser ouvido, acaba falando muito alto, e isso causa o aparecimento de laringites e calos nas cordas vocais.
º além de tudo, cai a capacidade de concentração
Temos que reeducar nossos alunos para que nossas escolas sejam mais silenciosas.

Saturday, June 02, 2007

APLICANDO FREUD










Ao estudar Freud, descobri muito de mim, parece incrível que somos tantos personagens dentro de um único ser. Pensei que este estudo serviria só para isso. Achei que não precisaríamos ir tão a fundo nos estudo de Freud. Bastava um estudo superficial. Mas não é assim tão fácil. Somos professores e lidamos com seres, que tem uma história, um passado, envolvimentos com pessoas que deixam marcas em suas vidas, e sentimentos muitas vezes confusos. Tenho uma aluna que aos 9 anos e na 3ª série, constatei que não sabe ler. Ao relatar para sua mãe, esta ficou surpresa, pois a filha sempre teve interesse por livrinhos de histórias. Depois de uns dias de observação, voltamos a conversar. Buscando com a mãe, resolver o problema de sua filha, comecei a fazer muitas perguntas e os estudos de Freud sobre o inconsciente vieram a minha mente, depois de conversarmos por mais de duas horas, cheguei a seguinte conclusão: A menina foi abandonada pelo pai aos dois anos de idade, vive com os avôs e a mãe. O avô é um pai e um avô maravilhoso, se preocupa e protege sua família. Ela idealizou um pai maravilhoso e fala dele para outras pessoas. Pensei que ela tenha bloqueado a leitura, porque quando sabemos ler, sabemos interpretar e ao interpretar sua vida ela constate quem é verdadeiramente seu pai. A mãe achou esta explicação bastante coerente e ficou de procurar um psicólogo para a menina. Ao conversar esta semana com a menina, ela me disse que tem medo de saber ler, e não falou mais nada. Estou preocupada com esta menina, não sei exatamente como ajudá-la, mas os estudos de Freud me levaram por um caminho até então desconhecido para mim e que eu não teria conseguido encontrar sozinha.