Sunday, May 16, 2010

O estágio está sendo muito importante, porque estou conseguindo colocar em prática instruções dada pelos professores e que eu achava sem importância.

Percebo que o planejamento semanal é de grande valia, pois direciona as atividades com o tema proposto. As atividades têm propósito e finalidade. Trabalhamos com os objetivos diários a serem alcançados.

A reflexão diária e profunda, nos leva aos verdadeiros obstáculos que prejudicam a aprendizagem, ou que de alguma outra forma prejudicam o desenvolvimento do trabalho. Através da reflexão tentamos encontrar razões, explicações para a forma como as coisas acontecem.

Percebo também que o pedagógico e o gestacional não andam juntos. Um está preocupado com o desenvolvimento dos alunos (psicológico, motor e emocional), o outro se preocupa com o ambiente físico e estético da escola.

Estou buscando através de estudos, evidências e argumentos para a minha prática, identificar o que está correto e o que tem a ser repensado. Sempre trabalhei com o aluno presente na sala, interagindo, tendo que pensar, que criar, mas isto é difícil quando os alunos não são acostumados a pensar. Hoje entendo porque, é difícil fazer o aluno pensar, é trabalhoso, é cansativo. É mais fácil trazer tudo pronto, não precisa explicar muito, não precisa ajudar.

Na escola que atuo, somos “motivados” a trabalhar diferente, nos atualizar-mos, a ser-mos criativos. Essa criatividade seria só para os professores? Não devemos despertar essa criatividade também em nossos alunos? Comecei a ler o livro ‘ A roda e o registro’, de Cecília Warschauer para buscar subsídios e analisar onde está o meu erro e como ajudar-me. Na apresentação Madalena Freire diz: “O processo de reflexão envolve a todos. Criança, professor, coordenador, orientador.” Todos precisam aprender a pensar, a serem reflexivos. Mas para pensarmos, antes deve haver um diálogo, uma troca de ideias, não estou certa?Também encontrei na página 24 um comentário que bate com minha forma de pensar: “Enfrentamos então o desafio de formar homens criativos, críticos e conscientes, capazes de dialogar com pessoas diferentes, enriquecendo-se com a diversidade, no sentido de criar soluções para os problemas atuais...” Como o aluno vai desenvolver todos esses requisitos de um cidadão se não pode se expressar, se não pode fazer barulho, se não pode trocar ideias? Tudo isso gera movimento na sala e, por conseguinte, barulho. O barulho existe sim na minha sala, e muita vibração. Eu dou liberdade para eles contarem, relatarem coisas do seu cotidiano. Muitos têm carência de diálogo, de serem ouvidos. Mas, o que não estão percebendo na minha sala é que as brigas estão escassas. No ano passado havia mães constantemente sendo chamadas na escola e isto quase não acontece hoje. Semana passada, ficamos envolvidos com as atividades para o dia das mães, mas observei o comportamento de meus alunos. Socializaram, compartilharam, trocaram ideias, trocaram objetos de decoração, e o melhor, não houve desentendimento. Será que isso não é visível?

Apenas um aluno provocou os colegas, e ele veio na aula somente quinta feira. Mas, os colegas não cederam as suas provocações. Acho que isso mostra que os alunos não querem ser conduzidos, eles querem ser respeitados. Essa é a questão, eu respeito meus alunos, aceito que eles têm muito a contribuir na sala e isso os valoriza, então para que brigar para chamar a atenção? Eles não precisam disso, são notados por sua contribuição em aula.

1 comment:

Rossana said...

Oi Malu, espero que sim, que essas conquistas sejam todas visíveis!!!bjs