Educação, Trabalho Infantil e Feminino

Universidade Federal do Rio Grande do sul.
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Escola, Cultura e Sociedade.
Grupo D.
ECS 9

Fico impressionada como os escritos de Marx e Engels são reais, atuais. Retratam com tanta clareza nossos dias. Quase dois séculos se passaram e em muitos pontos de nossa história não houve progresso. Algumas coisas parecem que estagnaram. E por mais que se escreva, que se fale, que se lute e criem-se leis.. não podemos mudar.
No século XIX não era dada a atenção às necessidades sociais e educacionais, bem como, às dramáticas condições de trabalho feminino e infantil.
Em pleno século XXI muitas coisas permanecem iguais. As necessidades sociais e educacionais continuam grandes e em muitos lugares encontramos dramáticas condições de trabalho infantil e feminino.
Os socialistas utópicos e anarquistas confiaram no ensino e instrução, como instrumento de transformação, emancipação, libertação das condições opressoras dos indivíduos. Marx e Engels não ficaram alheios a todas essas manifestações.
Apartir de 1844, a lei estabelece que as crianças sejam encerradas, por determinado número de horas num ambiente escolar, e que o professor receba por isso semanalmente.
Houve muitas denuncias.Crianças dentro de espaços pequenos, com mobílias pobres, há falta de livros e de material de ensino, tudo isso cercado de um ambiente sem higiene.
A lei determinava que a criança deveria frequentar a escola pelo menos durante 30 dias ou 150 horas. AS crianças alternavam o trabalho com a frequência à escola até atingirem as horas exigidas. Crianças trabalhavam em alguns dias horas seguidas chegando a trabalhar 36 horas com 2 horas de intervalo para comer e dormir.
Com algumas excessões é o nosso retrato de hoje. Muitas de nossas escolas estão neste quadro.
Temos escolas trabalhando em condições precárias, pondo em risco até a vida de seus alunos.
A renda destinada a educação não é bem distribuída. Encontramos escolas equipadas com computadores, predios reformados, refeitório, quadra de esporte, biblioteca, sala de vídeo, etc., enquanto outros, em bairros mais pobres com vários problemas: instalação elétrica, telhados, forros e em muitos casos o professor tira do seu próprio bolso material para os alunos.
Em muitos lugares crianças não vão as escolas e trabalham horas por "comida", dormem pouco e em lugares sujos. Na verdade a nossa realidade para a daquela época não mudou muito. O nosso governo "luta por um país sem analfabetos", mas muitos de nós professores, somos precionados a aprovar nossoa alunos que não sabem ler, que não sabem interpretar, que não entendem o que está sendo escrito e dito. Nosso país será visto pelo mundo como "sem analfabetos", mas nosso povo é oprimido por políticos que realizam o que é favorável para si próprios. Sem um ensino de qualidade,com escolas de qualidade não haverá transformação, emancipação nem libertação e isso é favorável para quem está no poder.